XV SEMANA DE CULTURA DE NOVA REDENÇÃO SERÁ DE 09 a 15 DE NOVEMBRO

Será no mês de novembro a XV SEMANA DE CULTURA DE NOVA REDENÇÃO, com várias vertentes, no campo das artes. Música, artesanato, teatro , calouros , ternos de reis, palestras. Esse ano com uma inovação: o pessoal ligado à cultura das cidades da região poderão inscrever trabalhos para serem apresentados durantes a Semana de Cultura. Informações: SECRETARIA DE CULTURA DO MUNICÍPIO. Secretario PAULO AMANDO tel. (75) 3345-2102

A SEXTA CULTURAL 32a FESTA VAQUEIROS DE NOVA REDENÇÃO FOI HISTORICA

Além da homegagem a BULE-BULE, que foi espetacular, fiquei a imaginar a importância do GRANDE DÉRCIO MARQUES, naquela noite com aquela viola de dez cordas e voz inimitvável dos grandes menestréis. A histÓria de DÉRCIO e muito bonita , nunca abriu mão do canto real, foi um dos primeiros a empunhar a bandeira da ecologia. quando pela primeira vez ouvi o disco CANTO FORTE de sua autoria, fiquei encantado com a força do canto, o reisado, depois ouvi SEGREDO VEGETAIS, foi demais, tanto canto lindo, trabalhado, sensibilidade à flor, trabalho sério e bem elaborado. DÉRCIO é respeitado em todo o país, como um dos principais cantadores da sua geração. Pela primeira vez eu, fã incondiconal de ELOMAR, declaro que PEÃO NA MARRAÇÃO é muito mais bonito na voz de DÉRCIO que na voz de ELOMAR. É uma obra prima na interpretação de DÉRCIO MARQUES. Vejam na internet, busque o nome DÉRCIO MARQUES e veja o que esse grande menestrel fez pela música e pela poesia do nosso país. Até. IVAN SOARES.

CIRANDA MOURISCA-ALCEU VALENÇA

O BOM E VELHO ALCEU. comprei o novo cd de Alceu Valença, grande referencia para minha geração. Lembro bem que quando a ditadura balança pra cair, os movimentos, os encontros eram celebrados pelo brado dos aboios, do maracatu e das belas canções de Alceu , quem não se lembra de MORENA TROPICANA eu quero teu sabor, pelas ruas que andei procurei, procurei te encontrar. Alceu encarnava a rebeldia das praças lotadas de estudantes ávidos por liberdade e por querer dizer o que bem entendesse. Era CAMINHANDO E CANTANDO E SEGUINDO A CANÇÃO, nas passeatas e na comemoração era Alçeu, com sua mistura dos cantadores repentistas,com a guitarra ou viola de Paulo Rafael seu parceiro inseparável. Deu uma saudade danada, ao ouvir o mesmo canto, a mesma poética, madura quase sessenta, mais forte, vigoroso e sem perder a raiz jamais. Quem quiser ouvir , tenha certeza é o velho ALÇEU de sempre, sem deixar Olinda, nem o frevo, nem o maracatú, nem o forró e os aboios. CIRANDA MOURISCA novo cd de ALÇEU VALENÇA. Até . IVAN SOARES.

LETRAS DE ALGUMAS MÚSICAS DE IVAN SOARES

Letras das musicas de Ivan Soares
AMOR SONHADO DE UM TROPEIRO ERRANTE
(Ivan Soares)
Eu sou os campos sozinho
no ar sedento do sol
a pele seca ardente
sereno poeira pó.

Eu sou a cerca de arame
Trancado no meu passar
Prisioneiro entre ela
Eu vivo só pra te amar.

Oi, fiz um feixe de pau
com os galhos do Gravatá
a montaria cansada
vilarejo, viajar.
Mas meu segredo é pequeno
são duas palavras sim
uma de gostar de mato
outra é de ter tu pra mim.

Nessa de ter Terra Diamantina
segredo de dois querer
o povo lutando muito
e rebentar pra viver.
Os rios correndo sóbrio
levando as folhas que caem
e o pilão da muié
seio cheio de torpor
garimpeiro desse serra
levando nos braços a dor.

Vê os galhos da caiçara
Já começou despencar
E o beija-flor fica tonto
De tantas rosas cheirar.
E as águas que vão descendo
Me leva um ramo de flor
Que silencia minha alma
No vento vem meu amor.

Mas vejo tudo sozinho
Você num sabe quem sou
Florestas, ai, campos verdes
Quem foi que te enveredou?
Foi teu amor natureza
Que nunca mais te deixou.
Sou tropeiro errante
Num erro triste de relva
Toco tropa noite em dia
Nasci no topo da serra
Caminheiro Diamantino
Nunca que fica sozinho
Pois quando deixo a muié
Ela reza pra voltar
E nesse tempo ele fica
Com a estrada, com o campo e com o ar.

Mas que fizestes de mim
De tão pequeno que sou
Os sonhos que me embalavam
Brisa de vento levou
Só levo pó sobre a roupa
Carne seca na capanga
E enrugamento na pele
E a tristeza na manga.

JESUS SERTANEJO
(Ivan Soares)
Vê se acorda Deus menino
Vem teu povo libertar
Trás a luz que limpa o mar
Entre as flores do pomar
Num vale de sombras negras
A natureza orvalhar

E um vaqueiro vaga e sonha
Vai subindo o chapadão
Levando com a alma sina
Sem saber se vorta ou não
Rendado da cacimba
Levando sua paixão

Vê se acorda Deus menino
Das lonjuras dessa cruz
Olha os campos capoeiras
Busca um bocadinho de luz
Que é pra no romper de dia
Pro Sertão vorte Jesus.

Um pedinte violeiro
contra a fé que tem em ti
nas quitandas, nos terreiros
e até aondea rima ir
um cigarro tenha aberta
esperando o céu se abrir

E o juá abre contente
Entre as fendas, das pedreiras
Plantador, cata mamona
Pra mode vender na feira
Os passarim cantando
nos pés de tamarineira
e o ronco da cachoeira
trás um Jesus sertanejo
o mato se enverdece
bate um vento aventureiro
fé no solo, inda é tormento
pra esse Sertão Catingueiro.

CANTIGA DE RIO
(Ivan Soares)
O Paraguaçu ta cheio
O Rio num dá vou menino
Rio que lambe corredeira
Coração de malva branca
Solidão de capoeira
Amor que nunca se cansa
Fumaceira de roçado
Arreio de rancharia
Noite inteira do teu lado
Esse teu canto me guia.
O Paraguaçu ta cheio
O Rio num dá vou menino.

MARTELO CHAPADEIRO
(Ivan Soares)
Cantando minha Terra Diamantina
Que beleza igual já não se cria
Onde o sol ama a terra todo dia
Coroné no garimpo fez chacina.
Uns pescado, outros garimpando a sina
Nessa terra dotada de magia
Veja os versos da minha cantaria
Exaltando a Chapada do Sertão
As estrela clareiam a escuridão
Espantando da estrada a livuzia.
Redenção é a terra mamoneira
Dá feijão, milho, abóbora e melancia
Da vaqueiro o aboio e a valentia
Movimento é sagrado em suas feiras.
Tem de tudo, da agulha a esteira
Transformada a terra em sesmaria
Quando chove para o povo é alegria
Pois a Terra pro homem é produção
Vem a safra fartura do Sertão
Redenção dessa minha cantoria.
Renitente as lavras Diamantinas
Diamante, garimpo e muita cor
Veja a ponte do rio roncador
Foi erguida desde a regência trina
A beleza serrana contamina
Todo o céu pelo azul fica encoberto
Tradição de avós no leito aberto
Revolvendo a grandeza desse chão
Preservando o costume e a tradição
Essa terra de Afrânio e Herberto.
Transformaram em Parque Nacional
na astúcia de camuflar o crime
toda mata, Ipê, Pau-D´arco, Vime
os rios, todo o reino vegetal.
As aguadas o mundo natural
Não há reino do céu que se redime
Capivara, tatu que mim ilumine
Pra que eu passa entender essa matilha
E não ter que jamais virar uma ilha
Nem que a vida da terra se fulmine.
O Rio Paraguaçu é o rio que corta a chapada pelo meio
Foi com ele que a poesia veio e o vento trouxe num assobia
Um cavalo a trote no baixio
As cacimbas, a Lagoa Encantada
Mavioso cantar da passarada
Sanhaçú, Colibri e Azulão
Livrando da matança e do alçapão
Ressaltando a beleza da chapada.
Em lençóis retirada de areias
De grutas, de grunas e de glórias
De serestas e sanfonas empórias
E paisagens agrestes que tonteiam.
Os canários avoam e rodeiam
Num cenário do mais puro poema
A Chapada sempre será o tema
Que engrandece o poder da criação
De Seabra, Palmeira, Redenção
Natureza, mãe terna e suprema
Desmataram todo o leito do rio
Num crime hediondo e feroz
E pra essa realidade atroz
Vem um longo período de estio.
Lá na serra toda verde sumiu
Numa inconteste revolta a natureza
Que vingando com toda inteireza
Machado assassino, o serrotão
Os mandantes, o ladino e o ladrão
Que ousou definhar nossa beleza.
Necessário falar da Tibiraba
Portão de entrada da chapada
No rosário esta sempre velada
A força e o trabalho da enxada.
Simboliza o valor da catingueira
Uma tropa que varando o Sertão;
Numa noite de lua e clarão
Esculpindo a beleza chapadeira.

O VAQUEIRO ZÉ FIRMINO
(Ivan Soares)
Eh! Vaqueiro da pedra que brilha
rompendo a aurora cavalo vaqueiro.
Zé Firmino era um vaqueiro
de uma garganta de serra
tinha a cara carrancuda
e um defeito na perna
como a palma da mão
ele conhecia a relva
tangendo, laçando boi
arte berrante e perneira
pra bandas da Redenção.
Eh! Boi, eh boi
eu vou nontada na
cacunda desse boi
mais um dia Zé Firmino
ai meu Deus que tentação
se apeou do cavalo e foi
pegar um boi de mão
o boi soprou dentro dele
lhe jogou de um barranção
veio um gemido da terra
o mato silenciou
os passarim se calaram
e o capim soluçou
lembrança de Zé Firmino
que o boi preto matou.

A SERRA DO CAPA BODE
(UMA PARTE DA HISTÓRIA DA CHAPADA)

AUTOR: IVAN SOARES.
INTERPRETE: IVAN SOARES

NA SERRA DO CAPA BODE
LÁ TEM DISCO VOADOR
QUEM DISSE FOI TONHO DE MÁRIO Bis
UM ANTIGO PESCADOR
QUE DUAS BOLAS DE FOGO
NO MEIO DA SERRA POUSOU.

A CHAPADA DO VALE DO CAPÃO
DE WALFRIDO E AFRÂNIO DA BUGRINHA.
ROMARIA DA GRUTA DA LAPINHA
DOS GERAIS VERDEJANTES DO SERTÃO
DE HORÁCIO VENCENDO MILITÃO
A COLUNA DE PRESTES ESCORRAÇADA
DIAMANTE, TOCAIA E EMPREITADA
DE TRABUCO E ESTALO DE CHICOTE
NOITE FRIA UM UIVADO DE COITE
EIS, UMA PARTE DA HISTÓRIA DA CHAPADA.

REQUIZADO NA SERRA DA CRAVADA
FEZ FUGIR CINCO VEZES UM BATALHÃO
ZÉ PEIXOTO, ANTERO E MONTALVÃO
SÃO JAGUNÇOS LENDÁRIOS DA CHAPADA
ERA UMA TERRA DE GENTE TOCAIADA
DOS DESPACHOS QUE VEIO DE CACHOEIRA
CACHACEIRO TROPEÇO EM FIM DE FEIRA
LAPA DOCE, PRATINHA E POÇO AZUL
NÃO HÁ NADA MAIS BELO QUANTO TÚ
EIS, UMA PARTE DA HISTÓRIA DA CHAPADA.

NA SERRA DO CAPA BODE
LÁ TEM DISCO VOADOR.....
(BIS)

PAI INÁCIO IRMANADO COM O MORRÃO
SÃO BELEZAS DA MÃO DO CRIADOR
QUE HERBERTO SALES NOS CONTOU
CORONÉ NUM TEMPO DE EXPLORAÇÃO
DIAMANTINA CHAPADA DO SERTÃO
DE CASCALHO BALINHA E GARIMPEIRO
LAVRAS TERRAS DAS TRILHAS DE TROPEIRO
DESCAMPADO E VAQUEIRO ABOIADOR
DE MALAMBA, DE CHULA E SAMBADOR
EIS, UMA PARTE DA HISTÓRIA DA CHAPADA.

JORGE PORTUGAL-GRANDE EDUCADOR DA BAHIA

Conheci JORGE PORTUGAL, pelos anos oitenta, período de grande efervescência política e cultural, tivemos nosso primeiro contato através da música, era ja naquela época um grande compositor, parceirando com Raimundo Sodré e sendo a MASSA, que concorreu a um festival da Rede Globo o grande divisor na carreira dos dois, a massa foi algo assim : a linguagem do interior chegava na grande mídia, mais especificamente a chula do recôncavo. Sempre o admirei pela sua sensibilidade e inteligência, porém, o que mais me despertou atenção era a sua solidariedade e ajuda para com os campanheiros que moravam nas residências estudantis do interior da Bahia. Muitos dos líderes dessas residências batiam em sua porta, para conseguirem uma bolsa no cursinho, pois era a forma de encontrar um caminho para a universidade, suprindo as deficiências daqueles que partiam do interior para a capital em busca de melhores dias e conhecimento. Jorge sempre atendeu a todos e se esforçava para abrir horizontes para aqueles esperançosos estudantes. Surgia ali o grande mestre, sensíivel, centrado e concentrado de ternura e epedernido na luta por mudanças e liberdade, surgia ali o grande pensador, poeta, com o olhar sempre no horizonte. Hoje é o grande nome da educação na Bahia, é o melhor nome para ser secretário de educação no estado, tenho certeza que com sua a capacidade e com a luz singular que tem seria o homem que mudaria a educação no nosso estado. É isso mesmo JORGE PORTUGAL para secretário de educação, para transformar e acabar com essa LETARGIA, que vive a educação em nosso estado. Acredito que a educação precisa de um choque de gestão e de alguém que OUSE, que não tenha receio de errar, que empunhe a bandeira da construção dos pilares educacionais e de alguém popular, respeitado, competente e pensador e esses requisitos JORGE PORTUGAL tem e sobra. JORGE PORTUGAL SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO.

ELOMAR-MARCO DA CANTORIA NO BRASIL

Caros leitores do Cascalho Grosso, vou falar de um dos maiores compositores da música brasileira, um exímio violeiro e compositor dos mais refinados que já ouvi. A primeira vez que escutei o canto de ELOMAR, foi como se escutasse o bálsamo da música mais verdadeira e real. Lembro bem que passava as férias aqui na minha Nova Redenção e descia a ladeira que ia dar no Rio Paraguaçú, com um amigo e ele colocou uma fita cassete , no toca-fitas do carro e aquela cantoria que falava "Vou cantar num canto de primeiro as coisas la da minha modernagem........ e findava ; viola, furria, amor dinheiro não". Algo aconteceu comigo, pois, ao chegar em Salvador, isto era 1980, comprei o disco NAS BARRANCAS DO RIO GAVIÃO, e ai, foi O pedido, Curvas do rio. Andava com esse disco onde ia, e foi uma grande descoberta, pois dedilhava no violão e inspirado por aquele canto forte compus uma música chamada AMOR SONHADO DE UM TROPEIRO ERRANTE, ganhamos vários festivais com essa música e passei a escutar ELOMAR e a propagar aquele canto tão forte lindo e profundo. Virei fã de carteirinha, fui a algumas cantorias e acompanho até hoje o trabalho desse grande menestrel das caatingas, que é uma pregação, do canto do povo sertanejo, numa mistura lírica e rebuscada, e que ninguém faz igual em todo país. Para min ELOMAR é único. É como se fosse Pelé, Vila Lobos, Ariano Suassuna, e mais, comparo Elomar ao grande GUIMARÃES ROSA. Tenho certeza, que essa grande mídia que vende as porcarias aos ouvidos da juventude, em um tempo, que não está longe vai tocar e reconhecer o canto de Elomar, pois, será materia nas escolas brasileiras. Já pode se adotar a leitura e a audição da poesia e do canto de Elomar nas escolas, para que nossa juventude conheça o verdadeiro canto do povo do sertão, que por Elomar é universal. A propósito Elomar é natural de Vitória da Conquista. Na "Casa dos Carneiros" é onde vive esse grande brasileiro. Ainda falarei muito do canto de ELOMAR FIGUEIRA MELO, menestrel referência para todos cantadores dessa terra BRASIL.

HERBERTO SALES UM FRUTO DA CHAPADA PARA A LITERATURA BRASILEIRA

Parece coisa de chato, sempre ou quase sempre estou falando, lendo, pregando sobre esse grande escritor filho de Andaraí e que muitos o comparam a MACHADO DE ASSIS. Acontece que fico orgulhoso e embevecido em saber que Herberto nasceu aqui tão perto de nós e falou na sua literatura das coisas da sua gente, da sua região, de injustiças, de forma tão linda, tão lirica e real, a primeira vez que li ALÉM DOS MARIMBUS, foi um divisor no meu gosto pela literatura, lia sempre os grandes clássicos aqueles, que nos lecionavam os mestres nas salas de aula, mais nunca ninguém em todo meu tempo de sala de aula me indicou a leitura de Herberto, descobri, por gostar da literatura que fala da terra, da raiz e além dos marimbus falava das coisas tão perto de mim , da minha infância, da gente chapaderia, dai por diante vasculhei a sua obra, tenho todos os livros, mantive correspondência com Herberto em Sao Pedro da Aldeia onde morava no Estado do Rio de Janeiro, mandei um disco nosso, ele respondeu dizendo que gostou, me mandou um exemplar de Além dos Marimbus com dedicatoria super carinhosa. Enfim tenho sido um pregador para que seja implantada em toda a chapada nas escolas infantis os livros de Herberto como os infantis; Memorias de um Burro Brasileiro, Sobradinho dos Pardais, e nas escolas do fundamental os livros como; O Cascalho , Além dos Marimbus e vários outros do autor, isso teria o significado enorme para a juventude da chapada que não conhece a obra de um dos mais ilustres filhos da terra chapadeira. A chapada deu muitos frutos para o Brasil, mais HERBERTO SALES e AFRÂNIO PEIXOTO são, sem nenhuma duvida, os mais belos diamantes gerados nessa terra diamantina. Até.

IVAN SOARES - CANTADOR.

33ª FESTA DE VAQUEIROS DE NOVA REDENÇÃO

Caros Amigos do Cascalho Grosso, estamos a confirmar a maior Festa Vaqueiros da Chapada Diamantina, é a 33a Festa a se realizar esse ano, segundo em anúncio anterior a data fora prorrogada para os dias 14, 15 e 16 de agosto.
Esse ano vai ser de arrepiar, são dez mil reais para o vaqueiro encourado que ganhar a corrida de argolinha. A sexta-feira cultural será um marco esse ano, pois, será de homenagem ao grande cantador e repentista BULE-BULE, com participações de grandes cantadores e forrozeiros como: DÉRCIO MARQUES, FÁBIO PAES, ZELITO MIRANDA, JERRY BENEVIDES, PAULO AMANDO entre outros. No sábado a grande noite do forró com um dos maiores forrozeiros do pais A L C I M A R M O N T E I R O, BANDA FLOR DE AÇAÍ, BANDA LUA CHEIA. No domingo o grande desfile de vaqueiros, com mais de 1200 vaqueiros e grupos, a missa do vaqueiro e a corrida de argolinha, à noite a pedido da vaqueirama, tocará CARLOS PITA E UESLEI E IGOR, BANDA CHEIRO DE MILHO. É domingo para amanhecer o dia e ficar com saudades. O grande evento do ano no munícipio de Nova Redenção mobiliza e agita a comunidade, já são várias casas para alugar, e gente de todos os municipios da chapada diamantina. Ainda tem o bloco ALTERNATIVUS no sábado a tarde. Venham, Nova Redenção receberá todos de braços abertos. Comissão organizadora da 33ª FESTA DE VAQUEIROS DE NOVA REDENÇÃO.

33ª FESTA DE VAQUEIROS DE NOVA REDENÇÃO - CHAPADA DIAMANTINA.

DIAS 13 , 14 E 15 DE AGOSTO, ACONTECERÁ O MAIOR EVENTO RURAL DA CHAPADA DIAMANTINA, com tres dias de festa, corrida de argolinha, missa dos vaqueiros, desfile de vaqueiros com mais de 1.200 vaqueiros, premiação do vaqueiro em couro esse ano será de 10.000,00. São três dias de muito forró e cantoria, e o visitante pode aproveitar e conhecer os pontos turísticos como o POÇO AZUL, PRAIA DA PERUCA, PEDRA DA ARARA, TRILHA DO SOCÓ. Em nome da Prefeitura Municipal, convidamos a todos para esse grande evento que será objeto de um documentário pelo, grande documentarista baiano MANOEL NETO.
Abraço á todos IVAN SOARES - PREFEITO DE NOVA REDENÇÃO.

1º FESTIVAL REGIONAL DE MUSICA DE NOVA REDENÇÃO FOI UM SUCESSO.

Com mais de 60 músicas inscritas no mês de maio se deu o primeiro Festival Regional de Música de NOVA REDENÇÃO. Foi um evento ímpar com participação de 16 municípios da região. Apresentaram-se lote de dez músicas no dia 17.05 e dez músicas no dia 18.05, ao final os vencedoresse deliciaram com grande apresentação do cantador FÁBIO PAES e do forrozeiro HUGO LUNA. Grande evento que vai continuar no próximo ano com certeza. O nível das músicas foram excelentes, o 1º. lugar ficou com o violeiro de Ribeira do Pombal WALTER LAJES.

Promovido pela prefeitura municipal através da secretaria de cultura que tem como gestor o cantador PAULO AMANDO. Até o próximo em 2010.

VINTE ANOS SEM LUIZ GONZAGA E 90 ANOS DE JACKSON DO PANDEIROE

Eterna saudades do velho LUA e de Jackson do pandeiro, mascates da música nordestina e que implantou uma outra vertente na música brasileira, quantos beberam e ainda bebem nas suas fontes musicais. Acho engraçado quando vejo um forró com tanta parafernália de instrumento e de mulheres quase nuas, e seu LUIZ só precisava da sanfona um triângulo e uma zabumba para fazer um forró de primeira qualidade. É no período de São João que fica latente aquele vazio que seu LUIZ deixou, JACKSON DO PANDEIRO cantava um côco somente com ajuda de um pandeiro e só. Acredito que essa lacuna ficará para sempre na música nordestina, vários e bons nomes têm aparecido, mais a quilomêtros de distância desses dois ícones da música nordestina BRASILEIRA.

ETERNAMENTE LUIZ GONZAGA, ETERNAMENTE JACKSON DO PANDEIRO.

IVAN SOARES- CANTADOR

BULE-BULE: 42 ANOS DE CULTURA POPULAR

Depois do São João, bateu uma reflexão sobre o que acontece com a cultura popular e mais especificamente sobre a música nativa, da terra, da raiz do nosso povo e divagando sobre vários poetas cantadores dessa bahia, do nordeste viajei por muitos trabalhos e cheguei em um nome: ANTÔNIO DA CONCEIÇÃO RIBEIRO, conhecido de todo sertão nordestino, de todas as feiras e palcos dessa grande terra mestiça, meu companheiro BULE-BULE, machado da resistência, cancela batida do canto do povo. E nessa reflexão não sei se num misto de tristeza ou de alegria, fechei uma proposição que há muito passava por minha cabeça: "SE ALGUÉM NA BAHIA MERECE ALGUMA HOMENAGEM POR TER BANCADO A FUNÇÃO DE MASCATE DA VERDADEIRA CULTURA POPULAR ESSE POETA E CANTADOR CHAMA-SE BULE-BULE".
Felizmente sou advogado por profissão, cantador pela alma e politico por circunstância e inquietude e nessa atual circunstância, justamente essa reflexão acontece agora mês de julho próximo a 33a Festa de Vaqueiros de Nova Redenção, onde na sexta-feira nós criamos há quatros anos atrás a SEXTA- FEIRA CULTURAL dentro da festa. Se deu assim: falei para o pessoal que no sábado e no domingo coloca-se a banda que quisessem, porém, a sexta nos dedicávamos a música da raiz, a verdadeira música do nosso povo, dos nossos antepassados, dos vaqueiros, dos sambadores, dos reseiros, daqueles que o canto vive expremido, mais não morre, ao contrário fica cada dia mais forte. E a sexta cultural a partir desse ano vai homenageiar, essa grande referência para todo os poetas da bahia que é BULE-BULE. Isso vai ocorrer todos os anos, cada ano será escolhido um cantador, um poeta popular para podermos referenciar e levar para nossa juventude, o que se faz de verdade, com um canto verdadeiro, com poesia que fala do povo, da natureza, da lida dos vaqueiros, dos garimpeiros, dos roçeiros, de gente que constrói esse país com sua vida seu suor e sua poesia.
SALVE BULE- BULE, SALVE A CULTURA POPULAR, VIDA LONGA MEU COMPANHEIRO

SÃO JOÃO EM NOVA REDENÇÃO - CHAPADA DIAMANTINA

Meus caros leitores e admiradores desse Blog, estive e ainda estou ocupado com os estudos, visando uma melhora profissional na minha vida, mas arrumei um tempinho para narrar as aventuras do São João desse ano lá na velha Nova Redenção Bahia. Resolvi viajar de última hora. Sai daqui no dia 23.06.09 pela manhã chegando lá na Fazenda Gameleira (cerca de três km da cidade), à tarde, onde o mano Ivan Soares já me recebeu com um copo de cerveja geladíssima. Dai em diante foi só farra e água dura. Chegou o outro mano, Walter Filho Soares com sua família e um amigo nosso que é Juiz das Execução Penais de Salvador, Jefersson e sua esposa que animaram ainda mais a festa. Isso tudo ocorreu durante à tarde. À noite fomos para a cidade, já que Ivan havia programado uma festa na principal praça com a participação da comunidade, apresentação de quadrilhas, casamento de roça, bandas regionais e sanfoneiros, inclusive, o Tonhão do Acordeon, procurando resgatar as tradições culturais do vedadeiro São João. Tonhão com a sua mais nova sanfona Scandalli, ou melhor, como diz ele, "Scandalla" se apresentou muito bem, mostrando que aos 62 anos ainda está com os dedos afiados no teclado da sanfona. A festa foi uma maravilha e resgatou uma velha tradição que havia desaparecido à alguns anos da região chapadeira (vejam as fotos postadas). No outro dia, logo cedinho, apanhei o Tonhão e fomos para o patio da Fazenda Gameleira e a farra recomeçou. Estavam lá umas amigas da cidade de Barreiras acompanhando o nosso velho amigo, Zé Grilo e sua esposa Marlene, inclusive Leila Moniz que deu um verdeiro Show no violão, que carregava à tira-colo, cantando vários ritmos nordestino-caipira. Mais tarde fomos para a Fazendinha no alto das queimadas, pertencente à Walter Soares, que nos recebeu muito bem. Aí foi só alegria: muita comida e bebida, a sanfona, o triângulo e a zabumba se entrosaram com o violão de Bibi da Viola e de Leila Moniz e a farra proseguiu durante a tarde inteira. À noite fomos novamente para a praça da cidade onde ocorreu mais uma noitada de forró. Cheguei até a subir em palco com Tonhão do Acordeon para ensaiar uns "xotezinhos", mas logo percebi que a garganta estava "arranhando" um pouco, por que havíamos cantado a tarde inteirinha sem microfone, o que não é facil, já que os instrumentos (acordeon, zabumba e triângulo) são muitos estridentes e acaba superando a nossa voz. Porém, ainda deu para cantalorar a música de autoria de Ivan Soares, intitulada "A Sanfona de Lopeu", pois o nome da festa de lá foi chamada de "O Arraiá da Safona de Lopeu". Quero ressaltar aqui que Nova Redenção não era uma cidade onde se festejava o São João de rua, o que só veio a ocorrer na administração do mano Ivan Soares, que como filósofo, poeta e compositor da música de raiz, está sempre procurando resgatar a cultura da terra, valorizando artistas da região e as manifestações culturais tais como o "pau-de-sebo", corrida de jegues, concursos de quadrilhas e de melhor rua enfeitada, sempre com a participação popular, o que é muito importante. Dizer ainda àqueles que fogem dos verdadeiros "carnavais" que algumas cidades do interior promovem em pleno São João, visitem o verdadeiro São João de pé-de-serra de Nova Redenção, pois garanto que vocês vão gostar e muito. Meus amigos, no dia seguinte (quinta-feira) era dia de vir embora para entrar novamente na labuta da Capitá, mas ainda tive tempo de ir até a casa de "Tia Binha de Abelardo" onde devorei galinha e ovos caipira acompahado de um "cortadinho" de mamão verde que estava uma beleza! Que tempêro abençoado minha Tia Binha tem! Aproveito, então, para agradecer-lhe pelo "rango" e mandar-lhe um grande abraço. Peguei o estradão de retorno chegando à Salvador à noitinha, mas já planejando voltar na Festa dos Vaqueiros que acontecerá a partir do dia 31 de Julho do ano corrente: estarei lá, com a fé em Deus. E desde já convido à todos a comparecerem também a festa, que é uma das maiores da região da Chapada Diamantina - Nova Redenção: Terra Querida. Abraço à todos e curtam o blog que a partir dessa data estarei sempre atualizando para contar as novidades. Em tempo: quero agradecer aos conterrâneos que se encontram fora da Bahia, mormente em São Paulo, que visitam este espaço e mandam recados agradecidos por terem neste espaço uma maneira de matarem as saudades que sentem da terra natal: Nova Redenção. Continuem comentando o blog. Aproveito ainda para mandar um abraço à todos vocês que estão fora de nossa terra a procura de felicidades, em particular à "Sui", irmão de "Binha", conterrêneo que comentou esse humilde espaço. Um abraço "Sui" e que Deus protejam vocês todos ai na "SAMPA".