IVANZINHO CANTANDO MÚSICA ACOMPANHADO PELO PAI IVAN SOARES

AMOR SONHADO DE UM TROPEIRO ERRANTE - IVAN SOARES

IVAN SOARES E BIBI DA VIOLA EM APRESENTAÇÃO NO TEATRO DOS BANCÁRIOS EM SALVADOR - BAHIA.

IVAN SOARES E BIBI DA VIOLA EM APRESENTAÇÃO NO TEATRO DOS BANCÁRIOS EM SALVADOR - BAHIA.

VIOLA (IVAN SOARES E BIBI DA VIOLA)

MATELO CHAPADEIRO

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segunda-feira, 14 de setembro de 2009

XV SEMANA DE CULTURA DE NOVA REDENÇÃO SERÁ DE 09 a 15 DE NOVEMBRO

Será no mês de novembro a XV SEMANA DE CULTURA DE NOVA REDENÇÃO, com várias vertentes, no campo das artes. Música, artesanato, teatro , calouros , ternos de reis, palestras. Esse ano com uma inovação: o pessoal ligado à cultura das cidades da região poderão inscrever trabalhos para serem apresentados durantes a Semana de Cultura. Informações: SECRETARIA DE CULTURA DO MUNICÍPIO. Secretario PAULO AMANDO tel. (75) 3345-2102

A SEXTA CULTURAL 32a FESTA VAQUEIROS DE NOVA REDENÇÃO FOI HISTORICA

Além da homegagem a BULE-BULE, que foi espetacular, fiquei a imaginar a importância do GRANDE DÉRCIO MARQUES, naquela noite com aquela viola de dez cordas e voz inimitvável dos grandes menestréis. A histÓria de DÉRCIO e muito bonita , nunca abriu mão do canto real, foi um dos primeiros a empunhar a bandeira da ecologia. quando pela primeira vez ouvi o disco CANTO FORTE de sua autoria, fiquei encantado com a força do canto, o reisado, depois ouvi SEGREDO VEGETAIS, foi demais, tanto canto lindo, trabalhado, sensibilidade à flor, trabalho sério e bem elaborado. DÉRCIO é respeitado em todo o país, como um dos principais cantadores da sua geração. Pela primeira vez eu, fã incondiconal de ELOMAR, declaro que PEÃO NA MARRAÇÃO é muito mais bonito na voz de DÉRCIO que na voz de ELOMAR. É uma obra prima na interpretação de DÉRCIO MARQUES. Vejam na internet, busque o nome DÉRCIO MARQUES e veja o que esse grande menestrel fez pela música e pela poesia do nosso país. Até. IVAN SOARES.

CIRANDA MOURISCA-ALCEU VALENÇA

O BOM E VELHO ALCEU. comprei o novo cd de Alceu Valença, grande referencia para minha geração. Lembro bem que quando a ditadura balança pra cair, os movimentos, os encontros eram celebrados pelo brado dos aboios, do maracatu e das belas canções de Alceu , quem não se lembra de MORENA TROPICANA eu quero teu sabor, pelas ruas que andei procurei, procurei te encontrar. Alceu encarnava a rebeldia das praças lotadas de estudantes ávidos por liberdade e por querer dizer o que bem entendesse. Era CAMINHANDO E CANTANDO E SEGUINDO A CANÇÃO, nas passeatas e na comemoração era Alçeu, com sua mistura dos cantadores repentistas,com a guitarra ou viola de Paulo Rafael seu parceiro inseparável. Deu uma saudade danada, ao ouvir o mesmo canto, a mesma poética, madura quase sessenta, mais forte, vigoroso e sem perder a raiz jamais. Quem quiser ouvir , tenha certeza é o velho ALÇEU de sempre, sem deixar Olinda, nem o frevo, nem o maracatú, nem o forró e os aboios. CIRANDA MOURISCA novo cd de ALÇEU VALENÇA. Até . IVAN SOARES.

domingo, 6 de setembro de 2009

LETRAS DE ALGUMAS MÚSICAS DE IVAN SOARES



Letras das musicas de Ivan Soares
AMOR SONHADO DE UM TROPEIRO ERRANTE
(Ivan Soares)
Eu sou os campos sozinho
no ar sedento do sol
a pele seca ardente
sereno poeira pó.

Eu sou a cerca de arame
Trancado no meu passar
Prisioneiro entre ela
Eu vivo só pra te amar.

Oi, fiz um feixe de pau
com os galhos do Gravatá
a montaria cansada
vilarejo, viajar.
Mas meu segredo é pequeno
são duas palavras sim
uma de gostar de mato
outra é de ter tu pra mim.

Nessa de ter Terra Diamantina
segredo de dois querer
o povo lutando muito
e rebentar pra viver.
Os rios correndo sóbrio
levando as folhas que caem
e o pilão da muié
seio cheio de torpor
garimpeiro desse serra
levando nos braços a dor.

Vê os galhos da caiçara
Já começou despencar
E o beija-flor fica tonto
De tantas rosas cheirar.
E as águas que vão descendo
Me leva um ramo de flor
Que silencia minha alma
No vento vem meu amor.

Mas vejo tudo sozinho
Você num sabe quem sou
Florestas, ai, campos verdes
Quem foi que te enveredou?
Foi teu amor natureza
Que nunca mais te deixou.
Sou tropeiro errante
Num erro triste de relva
Toco tropa noite em dia
Nasci no topo da serra
Caminheiro Diamantino
Nunca que fica sozinho
Pois quando deixo a muié
Ela reza pra voltar
E nesse tempo ele fica
Com a estrada, com o campo e com o ar.

Mas que fizestes de mim
De tão pequeno que sou
Os sonhos que me embalavam
Brisa de vento levou
Só levo pó sobre a roupa
Carne seca na capanga
E enrugamento na pele
E a tristeza na manga.

JESUS SERTANEJO
(Ivan Soares)
Vê se acorda Deus menino
Vem teu povo libertar
Trás a luz que limpa o mar
Entre as flores do pomar
Num vale de sombras negras
A natureza orvalhar

E um vaqueiro vaga e sonha
Vai subindo o chapadão
Levando com a alma sina
Sem saber se vorta ou não
Rendado da cacimba
Levando sua paixão

Vê se acorda Deus menino
Das lonjuras dessa cruz
Olha os campos capoeiras
Busca um bocadinho de luz
Que é pra no romper de dia
Pro Sertão vorte Jesus.

Um pedinte violeiro
contra a fé que tem em ti
nas quitandas, nos terreiros
e até aondea rima ir
um cigarro tenha aberta
esperando o céu se abrir

E o juá abre contente
Entre as fendas, das pedreiras
Plantador, cata mamona
Pra mode vender na feira
Os passarim cantando
nos pés de tamarineira
e o ronco da cachoeira
trás um Jesus sertanejo
o mato se enverdece
bate um vento aventureiro
fé no solo, inda é tormento
pra esse Sertão Catingueiro.

CANTIGA DE RIO
(Ivan Soares)
O Paraguaçu ta cheio
O Rio num dá vou menino
Rio que lambe corredeira
Coração de malva branca
Solidão de capoeira
Amor que nunca se cansa
Fumaceira de roçado
Arreio de rancharia
Noite inteira do teu lado
Esse teu canto me guia.
O Paraguaçu ta cheio
O Rio num dá vou menino.

MARTELO CHAPADEIRO
(Ivan Soares)
Cantando minha Terra Diamantina
Que beleza igual já não se cria
Onde o sol ama a terra todo dia
Coroné no garimpo fez chacina.
Uns pescado, outros garimpando a sina
Nessa terra dotada de magia
Veja os versos da minha cantaria
Exaltando a Chapada do Sertão
As estrela clareiam a escuridão
Espantando da estrada a livuzia.
Redenção é a terra mamoneira
Dá feijão, milho, abóbora e melancia
Da vaqueiro o aboio e a valentia
Movimento é sagrado em suas feiras.
Tem de tudo, da agulha a esteira
Transformada a terra em sesmaria
Quando chove para o povo é alegria
Pois a Terra pro homem é produção
Vem a safra fartura do Sertão
Redenção dessa minha cantoria.
Renitente as lavras Diamantinas
Diamante, garimpo e muita cor
Veja a ponte do rio roncador
Foi erguida desde a regência trina
A beleza serrana contamina
Todo o céu pelo azul fica encoberto
Tradição de avós no leito aberto
Revolvendo a grandeza desse chão
Preservando o costume e a tradição
Essa terra de Afrânio e Herberto.
Transformaram em Parque Nacional
na astúcia de camuflar o crime
toda mata, Ipê, Pau-D´arco, Vime
os rios, todo o reino vegetal.
As aguadas o mundo natural
Não há reino do céu que se redime
Capivara, tatu que mim ilumine
Pra que eu passa entender essa matilha
E não ter que jamais virar uma ilha
Nem que a vida da terra se fulmine.
O Rio Paraguaçu é o rio que corta a chapada pelo meio
Foi com ele que a poesia veio e o vento trouxe num assobia
Um cavalo a trote no baixio
As cacimbas, a Lagoa Encantada
Mavioso cantar da passarada
Sanhaçú, Colibri e Azulão
Livrando da matança e do alçapão
Ressaltando a beleza da chapada.
Em lençóis retirada de areias
De grutas, de grunas e de glórias
De serestas e sanfonas empórias
E paisagens agrestes que tonteiam.
Os canários avoam e rodeiam
Num cenário do mais puro poema
A Chapada sempre será o tema
Que engrandece o poder da criação
De Seabra, Palmeira, Redenção
Natureza, mãe terna e suprema
Desmataram todo o leito do rio
Num crime hediondo e feroz
E pra essa realidade atroz
Vem um longo período de estio.
Lá na serra toda verde sumiu
Numa inconteste revolta a natureza
Que vingando com toda inteireza
Machado assassino, o serrotão
Os mandantes, o ladino e o ladrão
Que ousou definhar nossa beleza.
Necessário falar da Tibiraba
Portão de entrada da chapada
No rosário esta sempre velada
A força e o trabalho da enxada.
Simboliza o valor da catingueira
Uma tropa que varando o Sertão;
Numa noite de lua e clarão
Esculpindo a beleza chapadeira.

O VAQUEIRO ZÉ FIRMINO
(Ivan Soares)
Eh! Vaqueiro da pedra que brilha
rompendo a aurora cavalo vaqueiro.
Zé Firmino era um vaqueiro
de uma garganta de serra
tinha a cara carrancuda
e um defeito na perna
como a palma da mão
ele conhecia a relva
tangendo, laçando boi
arte berrante e perneira
pra bandas da Redenção.
Eh! Boi, eh boi
eu vou nontada na
cacunda desse boi
mais um dia Zé Firmino
ai meu Deus que tentação
se apeou do cavalo e foi
pegar um boi de mão
o boi soprou dentro dele
lhe jogou de um barranção
veio um gemido da terra
o mato silenciou
os passarim se calaram
e o capim soluçou
lembrança de Zé Firmino
que o boi preto matou.



A SERRA DO CAPA BODE
(UMA PARTE DA HISTÓRIA DA CHAPADA)

AUTOR: IVAN SOARES.
INTERPRETE: IVAN SOARES

NA SERRA DO CAPA BODE
LÁ TEM DISCO VOADOR
QUEM DISSE FOI TONHO DE MÁRIO Bis
UM ANTIGO PESCADOR
QUE DUAS BOLAS DE FOGO
NO MEIO DA SERRA POUSOU.

A CHAPADA DO VALE DO CAPÃO
DE WALFRIDO E AFRÂNIO DA BUGRINHA.
ROMARIA DA GRUTA DA LAPINHA
DOS GERAIS VERDEJANTES DO SERTÃO
DE HORÁCIO VENCENDO MILITÃO
A COLUNA DE PRESTES ESCORRAÇADA
DIAMANTE, TOCAIA E EMPREITADA
DE TRABUCO E ESTALO DE CHICOTE
NOITE FRIA UM UIVADO DE COITE
EIS, UMA PARTE DA HISTÓRIA DA CHAPADA.

REQUIZADO NA SERRA DA CRAVADA
FEZ FUGIR CINCO VEZES UM BATALHÃO
ZÉ PEIXOTO, ANTERO E MONTALVÃO
SÃO JAGUNÇOS LENDÁRIOS DA CHAPADA
ERA UMA TERRA DE GENTE TOCAIADA
DOS DESPACHOS QUE VEIO DE CACHOEIRA
CACHACEIRO TROPEÇO EM FIM DE FEIRA
LAPA DOCE, PRATINHA E POÇO AZUL
NÃO HÁ NADA MAIS BELO QUANTO TÚ
EIS, UMA PARTE DA HISTÓRIA DA CHAPADA.

NA SERRA DO CAPA BODE
LÁ TEM DISCO VOADOR.....
(BIS)

PAI INÁCIO IRMANADO COM O MORRÃO
SÃO BELEZAS DA MÃO DO CRIADOR
QUE HERBERTO SALES NOS CONTOU
CORONÉ NUM TEMPO DE EXPLORAÇÃO
DIAMANTINA CHAPADA DO SERTÃO
DE CASCALHO BALINHA E GARIMPEIRO
LAVRAS TERRAS DAS TRILHAS DE TROPEIRO
DESCAMPADO E VAQUEIRO ABOIADOR
DE MALAMBA, DE CHULA E SAMBADOR
EIS, UMA PARTE DA HISTÓRIA DA CHAPADA.