IVANZINHO CANTANDO MÚSICA ACOMPANHADO PELO PAI IVAN SOARES

AMOR SONHADO DE UM TROPEIRO ERRANTE - IVAN SOARES

IVAN SOARES E BIBI DA VIOLA EM APRESENTAÇÃO NO TEATRO DOS BANCÁRIOS EM SALVADOR - BAHIA.

IVAN SOARES E BIBI DA VIOLA EM APRESENTAÇÃO NO TEATRO DOS BANCÁRIOS EM SALVADOR - BAHIA.

VIOLA (IVAN SOARES E BIBI DA VIOLA)

MATELO CHAPADEIRO

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sábado, 23 de abril de 2011

RIO CANTOS E ÁGUAS

Meus caros amigos, hoje vou falar de uma canção muito bonita, que fala de rios, de violeiros e seus cantos, enfim, de poesias. Trata-se da música "Rio Cantos e Águas". Esta é uma das mais belas canções de Ivan Soares. Lembro-me bem do dia em que ele chegou na Associação dos Estudantes de Itaberaba, onde residíamos, com o violão, cantando essa música e com a intenção de participar dos festivais que estavam ocorrendo naquela época. Quando ele me mostrou a música pedindo para colocar os arranjos de viola, eu acrescentei mais uns modestos acordes, além dos dele. Por isso, a composição leva o meu nome na composição. Vencemos vários dos festivais que participamos com esta música que ainda tem a participação poética do amigo Luiz Cayres. Para ouvi-la, basta clicar no player ai no lado direito e apreciem uma bela canção, música de raiz, com o cheiro da terra chapadeira. Grande abraço e uma feliz Páscoa para todos vocês.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

VIOLA CAIPIRA - UM BREVE HISTÓRICO DESTE BELÍSSIMO INSTRUMENTO DE CORDAS

Nos tempos de menino na minha cidade natal, a hoje Nova Redenção, eu ouvia os sambadores, reizeiros e violeiros tocando nas festas, principalmente os ternos de reis que saiam nos meses de janeiro pelas casas da cidade homenajeando o Menino Jesus. O som da viola ficou em minha memória, pois é um som ímpar, característico deste apaixonante instrumento. Comecei aprender a tocar violão, mas o som da viola continuava em minha mente, tanto que eu procurava imitá-lo nas cordas mais agudas do violão. Quando vim para morar em Salvador, junto com o meu irmão Ivan Soares, começamos a participar dos Festivais de Mùsicas da época e, tocando sentia a necessidade de ter uma VIOLA DE DEZ CORDAS. Então Ivan comprou uma da marca Gianninni e eu comecei a tocar devagarinho até hoje, pois não é muito facil tocá-la não, já que a mesma tem várias afinações, a depender da região do Brasil. Hoje eu quero contar a história da viola caipira. Essas informações eu tirei de um curso de viola caipira que encontrei na net, por isso os méritos vão para o autor. Toda cultura em qualquer parte do mundo possui um ícone. Quando se fala em Brasil, lembramos do Carnaval, quando se fala em Itália, lembramos das massas, pizzas. Na música isso também acontece. Quando falamos, por exemplo em música russa, lembramos da Balaika; da música portuguesa, o Fado; da Espanha, a música flamenca e o Violão. Nosso país tem uma cultura musical imensa e que muitas vezes não conhecemos. Por isso, tenho o grande prazer de apresentar a vocês um instrumento que talvez seja o mais importante da cultura brasileira: a nossa Viola Caipira. A Viola é um instrumento presente em quase todas as festas do nosso interior (festas do divino, festa de reis, sambas de rodas, entre outras). Foi o primeiro instrumento musical a chegar no país. Se a MPB faz jus ao nome (como toda música popular produzida no Brasil ), então a Viola foi o instrumento precursor de tudo o que temos hoje. É com certeza o instrumento mais popular do país, mas que graças a influência da mídia, quase desapareceu do ouvido dos brasileiros. Um instrumento de som belíssimo, mas que sofre um preconceito enorme por ter estampada em seu nome a palavra " Caipira ". Acima de tudo isso, a Viola é um instrumento que está voltando a crescer graças a nomes como Almir Sater, Roberto Corrêa e Ivan Vilela. Nomes que hoje estão levando o instrumento para outros horizontes, como o erudito, a MPB, a bossa nova. Roberto Corrêa por exemplo já excursionou pela Europa e já levou nosso instrumento até para o outro lado do mundo. Por estas linhas você irá conhecer a sua origem, suas particularidades, seus ícones (como Tião Carreiro ), seus ritmos e apesar de hoje a Viola Caipira ser considerada um instrumento tipicamente brasileiro, temos historicamente que afirmar que esta colocação é errada. Nossa Viola Caipira supostamente nasceu na Europa por volta do ano 1000, vindo de um instrumento árabe chamado Guitarra Mourisca. Voltando um pouco no tempo, por volta do ano 3000AC, os únicos instrumentos de cordas que tínhamos notícias eras as harpas. Instrumentos que odiam apenas tocar uma nota por corda e eram baseadas em escalas pentatônicas (escalas de cinco notas). Sumérios, Egípcios, Chineses a utilizaram durante muitos milênios. Nesta época, descobriu-se que esticando uma corda em uma superfície qualquer, a mesma podia dar inúmeras alturas de som com apenas um toque do dedo. Acredita-se então que a primeira providência foi colocar em uma harpa um pequeno braço de madeira e esticar suas cordas até a extremidade das mesmas. Surgiu então um instrumento mais complexo, capaz de sobrepujar a música até então realizada. Com o tempo, descobriu-se também que uma corda esticada em um recipiente acusticamente favorável (como uma carapaça de quelônio) produzia um som mais alto. Surgia na região da Arábia o antecessor do Alaúde, um instrumento que tinha como bojo uma carapaça de quelônio com um couro esticado como tampo, e braço. Por volta do ano 2000AC, os árabes resolveram construir de madeira este instrumento imitando em seu bojo a curvatura das carapaças dos quelônios. Surgia então o A´lud ou Alaùde que em árabe significa "madeira". Perto do ano 900AC, este instrumento sofreu uma ruptura. Dele surgiria o Alaúde que nós conhecemos hoje, com um braço menor. Nesta época, acredita-se que o Alaúde já usava cordas duplas para aumentar sua sonoridade. O Alaúde original de braço comprido utilizado por mouros e egípcios ganhou o nome de Guitarra Mourisca. Com a invasão árabe na península ibérica por volta do ano 650 de nossa era, toda cultura árabe foi despejada na região que conhecemos hoje por Portugal e Espanha. Com ela vieram a música e os instrumentos típicos. O Alaúde teve como alteração apenas o adicionamento de trastes, enquanto a Guitarra Mourisca começou a passar por uma lenta transformação. Primeiramente seu corpo passou a ganhar um leve acinturamento na região central, e seu bojo curvo começou a perder esta característica (fato que levou por volta de mil anos) ganhando forma plana. Já por volta do ano 1000, temos um instrumento com quatro pares de corda chamado Guitarra Latina mais tarde conhecido por Guitarra Renascentista). Por volta do ano 1400 surgiram na Espanha dois instrumentos derivados da Guitarra Renascentista: a Guitarra Barroca com cinco pares de corda e a Vihuela com seis pares de cordas. Estes dois instrumentos foram então introduzidos em Portugal com o nome de Viola (aportuguesamento de Vihuela) por volta do ano de 1450. Com a expansão ultramarítima portuguesa, os portugueses introduziram em suas colônias seus costumes e cultura. Com os jesuítas, chegou ao Brasil por volta de 1550 a Viola de cinco pares de corda. Utilizada primeiramente na catequese dos índios, ganhou o interior brasileiro e perdeu sua imagem tão erudita, passando a ser construída pelos nossos próprios caboclos com madeiras toscas. Surgia a nossa Viola Caipira. Durante os próximos 300 anos a Viola foi rapidamente se transformando no instrumento mais popular do Brasil (o Violão como conhecemos hoje só surgiu por volta de 1800). Um violeiro brasileiro fez fama nas cortes portuguesas. Era este Domingos Caldas Barbosa (1740-1800). Em 1817, um censo demonstrava que a Viola era o instrumento mais popular do Brasil. Mas com o surgimento do Violão (que já veio da Europa com métodos e toda uma escola formada), a Viola passou a ser confinada cada vez mais para o interior. O Violão passou a ser um instrumento urbano e a Viola um instrumento rural. Em 1929, o paulista Cornélio Pires, amante da cultura caipira, levou para o estúdio a música caipira e com ela a Viola. Pela primeira vez era gravado e lançado em disco o som de uma Viola. O sucesso foi imediato e várias duplas surgiram a partir daí, como Alvarenga e Ranchinho. Em pouco tempo a música caipira era o gênero que mais vendia no país. Nomes como Tonico e Tinoco eram considerados como vedetes. Na década de 50, surgiu um nome que iria mudar o conceito até então de música caipira. Era José Dias Nunes que foi imortalizado com o apelido de Tião Carreiro. Ele revolucionou o modo de tocar o instrumento, estando para a Viola o que Hendrix foi para a Guitarra elétrica. Na década de 60, com o êxodo rural, milhares de famílias que viviam em zonas rurais vieram para as cidades, principalmente as capitais, e cessou-se então um ciclo de aprendizado. Até então os ensinamentos da Viola Caipira eram passados de pai para filho. O instrumento passou a ser colocado em um segundo plano. Também nesta década, as várias influências de músicas de outros países, como os ritmos paraguaios, mexicanos deram ênfase a outros instrumentos como a sanfona e os metais (trumpetes, por exemplo). A música caipira sofre uma ruptura e lentamente vai surgindo a música sertaneja de hoje. A Viola então começa a caminhar outros horizontes. Em 1968 é gravado o primeiro disco de música erudita totalmente gravado com Viola e Tião Carreiro grava samba e choro com o instrumento. A década de 80 traria um novo crescimento para o instrumento. Em 1981, Almir Sater grava seu primeiro disco, mostrando os ritmos pantaneiros e mostrando o lado MPB da Viola. A TV Cultura abre um programa totalmente dedicado ao instrumento, o "Viola Minha Viola" e em 1985 surge a Viola didática nas mão de Roberto Corrêa, que passa a lecionar Viola Caipira em uma instituição. Em 1990 a Viola volta a mídia com a novela Pantanal, aonde Almir Sater mostra para todo o Brasil a força do instrumento, repetindo a dose em 1992 com a novela Ana Raio e Zé Trovão e em 1996 com a novela Rei do Gado. Roberto Corrêa passa a excursionar pelo exterior com a Viola em punho e nossa música Caipira perde Tião Carreiro em 1993. A década de 90 foi uma década movimentada. Hoje o instrumento volta a ter grande popularidade, multiplica-se professores de Viola como Ivan Vilela que leciona na região de Campinas e Junior da Violla em São Paulo. Ivan Soares também fez uma bonita homenagem a este instrumento com a música "VIOLA" de sua autoria com aeeanjos de Bibi da Viola. Esta música, inclusive pode ser ouvida no cabeçalho acima. Há algum tempo atrás eu fiz a doação de uma viola da marca DEL VECCHIO à Casa da Cultura de Nova Redenção, esperando com isso que alguém lá se interesse e venha a tocá-la futuramente, fazendo com que não desapareça este som maravilhoso. Continuamos a divulgar o som deste belo instrumento por onde andamos, pois a mídia a tem deixado de lado. Um grande abraço à todos e até a próxima.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

TIME DO COLÉGIO ESTADUAL DE ITABERABA - CEI

Meus caros amigos, aí está mais um time do qual Ivan partcipou na sua época de estudante de nível médio: time do Colégio Estadual de Itaberaba. Ainda não é o Peñharol não, este virá depois. Time de colégio, geralmente, é formado pelos melhores jogadores que lá estudam. Nesta foto estão alguns dos melhores jogadores de Itaberaba daquela época. Em pé da esquerda para a direita: Luiz Oliveira (Diretor do Colégio e Presidente do time), Juca do Braz, Ruzinho, Palestra, e Canário. Agachados: Nenga (o surfista), Cláudio, Ivan, Mister e Fernadinho. De todos eles, apenas Juca do Braz já faleceu (que DEUS o tenha). Com exceção de Ivan e Mister, todos os outros continuam morando em Itaberaba. Palestrinha tem uma capotaria na rua Ruy Barbosa e, de vez em quando, eu passo por lá para visltá-lo; Canário é funcionário dos Corrieios e Telegráficos; Nenga está sumido, mas tenho notícias de que continua por lá; Claudio é comerciante e Fernandinho é corretor de imóveis e recentemente nos encontramos na Caixa Econômica Federal de Itaberaba, quando batemos um longo papo. Esse time era muito bom, vencendo vários campeonatos e torneios da época. Um grande abraço aos nossos amigos de Itaberaba. Até a próxima.